terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Fim…

P151210_01.28_[06]Essas são paginas manchadas de sangue, estás são minhas ultimas paginas. Eu que um dia tive um coração jamais serei capaz de perde-ló, eu que um dia amei me tornei a rosa setita. Desprezada pelos meus, solitária e dolorida. Eu que tenho um coração tão forte e gentil, eu que amo o deserto e seu calor. Eu quer acredito. Hoje me despeço das noites eternas. Eu dormirei para sempre. Eu deixarei de existir. Essa noite irei para o descanso eterno na lapide que Set me preparou. Será meu senhor que um dia alguém compreendeu este meu coração solitário. Será que alguém viu a rosa que desabrochava em meu peito. Será que alguém lembrará de mim ? Será que alguém pronunciara meu nome?Safya Sekhemet. Nada disso mais importa. Antes que alguém destrua aquilo que amo eu mesma me darei um fim. Será solitário e será permanente mais essa é a minha vontade prefiro que o seja sem mais dores ou culpas. Sentirei saudade dos aromas e olhares. Dos sons dessa metrópole fantástica que é São Paulo. Sentirei saudades do perfume das rosas. E do Toque de Armand. A Armand… Sentirei tua falta em meu tumulo. E tu que nunca saberás o que ouve realmente comigo não terá uma lapide para me levar rosas.

Foram longas as noites do Cairo a este inóspito templo. Mais a partir de agora de nada saberei e nada farei espero  que aqueles que me são caros tenham longos anos. E que em uma outra vida eu possa novamente ver o sol e sentir o calor do meu Cairo e dos braços de meu amado. Eternidade é apenas um segundo quando pensamos naqueles aquém amamos.

Não fui feita para a conspiração e para a manipulação. E o único presente que deixo P151210_01.39_[09]ao mundo é a arte que neste pouco tempo pude cultivar. Ah… se pudesse ser tudo diferente e eu pudesse ser amaldiçoada por outros então eu seria feliz. Mas não posso querer nada.

A dor de nunca mais ver teus olhos serenos me será profunda. De nunca mais ouvir sua  melodiosa voz. E nem ler suas poesias cheias de desejo e infâmia. Mas já mais deixarei de ser eu mesma. E não será um fanático religioso que mudará minha concepção. E assim sem prejudicar a mais ninguém retiro-me para as terras de Anúbis agradecendo a felicidade vivida e orando para que meu sacrifício não seja em vão.

Safya Sekhmet – Filha de Set

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Carpe Noctem

Poison_Ivy_by_ulorinvexMinha existência se prolonga em momentos de apaziguamento. Aqui buscando a satisfação de meus sonhos e anseios eu sinto o palpitar. Nathifa chegou para colorir um pouco meu pesar e junto de Anúbis fazem companhia as minhas idéias. Armand está cumprindo suas obrigações e eu as minhas. A Urbi do Nilo está quase pronta e começo a levar o convite aqueles que terão acesso a esse meu recanto, um lugar onde a arte estará em amplos aspectos o calor da dança, o vigor das tintas o entorpecer da musica. O aroma das especiarias no ar. Talvez tendo acesso a minha cultura os membros desmistifiquem essa visão forjada de nos setitas. E depois daquele ultrajante Pasquim se eles realmente verem quem somos essa ridícula impressão passe. Alias acho que utilizarei o pasquim para acender a lareira para aquecer meu corpo serpentinoso. Mas uma noite em meu novo sarcófago e a tantos planos tantas idéias! Amo mexer com arte! E nos momentos de distração abraço Nathifa e delicio-me com um bom horror alemão. Agora sei como seria se eu tivesse uma irmã.

domingo, 3 de outubro de 2010

Arquétipo de Safya – Analise da Player sobre o personagem

6446437_A5il2 Quando eu entrei em contato com a Safya pela primeira vez havia muitas incógnitas na minha frente que mulher era aquela que se apresentava a mim? Para quem não está familiarizado com a criação de personagens seja no RPG ou mesmo no teatro ou em um livro pode não entender meu questionamento. Um personagem não é só uma tabela de pontos é uma vida ele possui uma historia, sonhos, traumas, desilusões. E pela primeira vez quando me vi vestida no Arquétipo de Safya Sekhmet me questionei que mulher era ela?

Comecei então pelas suas origens Safya mais docemente chamada por mim de Safy é uma mulher do deserto ela nasceu no Egito entre as cores e o sol forte. Em cheiros e nuance-as exóticas. Nascida em 01 de abril de 1822 ela é filha de um comerciante e de uma dançarina. Tendo contato desde cedo com as diferenças sociais do Egito, com sua cultura e princípios rígidos, ela se acostumou a uma pobreza que ao mesmo tempo era rica em mitos e em ideais. Quando penso em exemplos de mulher para Safya vejo nela uma mulher muito a frente de seu tempo ela admirava  a força e poder da mais conhecida rainha egípcia, Cleópatra. Era uma jovem firme e vivaz, habilidosa na arte de negociar e inteligente o suficiente para saber encantar. Assim ela foi 5618161_fmSk6 se aprimorando, tornando-se sedutora mais manipulativa nas medidas certas. Em 1834 o pai de Safya  Abdul Sekhmet falece deixando sua esposa Amira e sua filha de 12 anos sem um líder da família. As duas tentaram manter o comercio enquanto Amira procurava um casamento para Safya com o intuito de salvar a família mas uma mulher sem um dote não era atraente e então quando as dividas se avolumaram Amira viu como único jeito de quitar os credores vender Safya como escrava.

Quando ela foi vendida Safy tomou seu primeiro grande baque sentindo em sua pele como as mulheres eram vistas como mercadorias mesmo assim sua força interior a manteve firme. Em meados de 1835 ela chega a Paris, onde vê-se com uma realidade totalmente oposta a dela com uma cultura diferente com trajes e um ambiente totalmente hostil. Ela começou a servir de dançarina numa casa de Ópio onde começa a aranhar a linguagem local o francês . Lá conhece seu primeiro amor J.C Mackalister, seu amigo Lobo e um poeta chamado popularmente de Lorde dos Miseráveis. Ela se sente leve e protegida por um tempo mais está calm4919506_lNqc6aria dura pouco e quando Mackalister junto de Lobo vão a Legião estrangeira e o poeta some, Safya se vê novamente sozinha em meio a noite. Ela trabalhou na casa de Ópio até 1840 quando juntando moedas sorrateiramente ela consegue comprar sua liberdade usando um dos clientes como intermédio. Ela então vai morar em um bairro popularesco e nele ocorre seu grande desfeche Safya é atacada em uma das noites. Muito ferida e assustada ela corre para o porto onde clandestinamente toma um navio. Ela não sabia para onde ele iria mas tudo seria melhor do que Paris. 

Ela passou meses dentro do navio passando fome, sede, medo e uma febre assustadora.magnum_doberman-dog  Ela se alimentou de ratos  e abriu algumas caixas em busca de água potável e cobertas. Assim, 1845 quando ela chega no Brasil estava muito debilitada. Ao chegar nestas terras cálidas ela teve esperança algo que em anos de existência ela não sentia, mas sua paz durou pouco enquanto deitada na areia ela observa as estrelas sua Sire a encontrou a abraçando e dando nova luz a existência de Safya. Ela passou de 1845 a 1900 totalmente isolada do mundo apenas tendo sua Sire e o conhecimento dos Filhos de Set como companhia. Ela aprendeu a escrever e a Ler e nesse tempo começou seu diário onde contava toda experiência que passará do Cairo até seus dias atuais. Ela aprendeu a se vestir e ter uma postura, aprendeu sobre o grande deus Set e como seus filhos eram abençoados, Aprendeu sobre a sociedade vampiresca, seus grupos e seus costumes. E assim em 1910 ela já uma neófita decide se separar de sua Sire junto com seu novo companheiro Anúbis, um dobermann, para conhecer o mundo. Ela passa até a década de 80 apenas transitando no mundo humdobermanano e quando se sentiu um pouco mais segura veio a São Paulo. Ela ficou no interior do estado até 2004 onde ensinava dança e musica a garotas da região, cansada do sossego ela vem a capital onde adquire seu refugio. Apaixonada ela admira a grande metrópole cheia de suas luzes, facilidades e variedades. Aqui reencontra Mack , Lobo e Armand. Torna-se um  membro do grupo Anarquista da cidade e recupera seu contato com seu Clã.  Nos dias atuais Safya divide sua não vida com o poeta do clã da rosa Armand, com eu leal companheiro Anúbis e com seu clã.

 

Personalidade

assinaturasafiya Safya é uma mulher de atitude, firme e corajosa. Tem um alto controle forte e sempre valoriza a tranquilidade. Tem uma fé que lhe guia em seus passos e acredita ser abençoada por Set. Ela gosta da tradição e dos traços egipicios mas é uma mulher moderna, ama tecnologia e sofisticação. Porém mantem  em sua vida cotidiana a simplicidade está acostumada a dureza do deserto e a valorizar os momentos de paz. É uma mulher muito franca e direta mas sabe como conseguir o que quer. Porém como toda vampira tem uma fera escondida dentro dela e quando está fera está desperta ela se torna insensivel e cruel.

Devido a sua sensibilidade Safy usa sempre roupas fechadas, gosta de cortes modernos mas opta normalmente por cores frias ou o basico preto. Usa acessorios com abundancia e tem um olhar marcante tipo de sua herança.

 

 dobermann

 

Anúbis

Safya adotou ele quando ainda era filhotinho e o criou assim até que alcançou sua forma adulta transformando-o num carniçal. Ele tem um temperamento tranquilo e obediente mas mexa com Safya para você ver no que esse animalzinho se transforma.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Doces Noites III

61065_10150274559390171_413050710170_14788780_1581184_n Já me disseram tantas vezes que as de minhas família não deveriam sentir nada além da fé. Somos criaturas abençoadas pelo grande Deus Set, somos construtoras de sua fé.Depois de tantas noites enfiada em vários locais tendo apenas a lua como companheira e amiga, tendo Anúbis a lamber-me os pés e choramingar pela minha distancia, sinto aos poucos que me perdi desses ideais. Enfiada agora em um mundo que não cabe em mim observo atentamente as atitudes mais diversas sinto-me descuidada ao olhar em meu reflexo e ver que a poeira deixou minha face acinzentada e triste. Então retornei as minhas origens lavei-me de corpo e alma e dancei, dancei e dancei. Para a noite, para Set e para meu coração que agora clama por ti. Viajo todas as noites até o circo e lá treino horas a fio enquanto brinco com Niriad e Siriad. As serpentes me fazem sentir-me como uma das suas e os momentos que passo como cobra me deixam mais tranquila. Porém a cada noite que retorno ao meu refugio é ao teus braços que clamo. My sengor,my blood, mon amour! Então descanso minha cabeça sobre os pés de Set e choro lagrimas de sangue lavando-o com meus pecados, meus desejos e minhas vontades. Meu tempo é curto mas continuarei clamando por ti enquanto Set assim permitir.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Eu não sei viver...

 

Por favor me deixe morrer
Aqui nesse momento nesta lapida solitária
Me deixe morrer
Deixe-me rasgar o suave cetim
Dilacerar gentilmente minha carne
E buscar uma morte
Não eu não sei viver
Eu não quero mas sentir dor.
Não.
Eu não quero mais viver.
Não.
Nem por mim nem por você.
Me deixe cravar essa estaca
Me deixe pegar está arma.
Para que para sempre eu desfaleça neste assoalho frio.
O som gentil de meu violino me lembra meu destino
A música compadecida de mim toca ainda mais alto
Mesmo assim eu não agüento o que me vai ao peito.
Ninguém me ensinou a viver.
Eu tenho sobrevivido aqui sozinha
Por que assim eu escolhi.
Por favor onde você está?
Onde está ???
Não a sentido
Por que eu não sou normal.
Eu rasgo lentamente minha sanidade
Procurando por alguém que não vem.
Não! Esse amor é uma mentira.
Como todas as mentiras que já me contaram antes.
Não.
Eu não quero mais mentiras.
Eu não quero mais você hoje em meus braços.
Amanha será por outra teu fervor.
Essa languida depressão enchem meu peito de realidades tórridas.
Eu prefiro a solidão a estar aqui por uma mentira.
Eu não quero mais mentir.
Não me obrigue a isso.
Não.
Eu não quero mais isso.
Nem por mim nem por ninguém!
Por que existe dor
Por que eu existo?
Sim eu sou uma criatura monstruosa.
Vestida nas mais belas peles
Eu sou o monstro trancado em um rosto cheio de candura.
Não existe amor.
Tudo não passa de interesse.
É assim e sempre vai ser.
Lua você mentiu para mim.
Ele não está aqui.
Eu quero voltar a poeira eu quero voltar a dor.
Mesmo assim eu queria que você fosse real.
Não a ninguém esperando por mim.
Não a um amor a despertar
Isso é tudo mentira.
E eu não quero mais mentir.
Não.

Lady Morgan Fir

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E se??

"E se ...
questione, descubra, mude. O conhecimento é irresistivel!!"
Futura

fallVagando a noite na cidade, chamam-me de douda... talvez estejam cert os talvez essa doce face nada mais seja do que a mascara para a insanidade. Sim eu sou uma douda. Uma desafortunada nos caminhos do ardente amor, do voluptuoso fervor. Sou uma dama como antigamente se via. Simples mas leal. Porém aos poucos me perco nesse desejo nessa vontade do irreal. Qual o caminho certo, onde se esconde meu derradeiro caminho, fircar com o certo porém tedioso ou arriscar-me nessa loucura. Ah... sim minha mente está douda como meu coração outrora furtado.

 

 

 

 

Corrupção

Me deixe só por um momento
Fatidico simples derradeiro
Sim me deixe só para que eu morra de saudades para que eu grite piedosamente teu retorno
Sim me deixe aqui
Na solidão do tempo na armagura de sua inexistencia ao meu lado.
Deixe-me gritar e esbravejar minha vontade atroz
Meu pecado leva teu nome
Sim deixe-me escrever nas entrelinhas que te desejo.
Quero te corromper em minhas caricias
Quero-te em minhas nupciais infernais
Quero aninharte em meus braços perante a plena lua e despirlhe com meu amor.
Venha, venha para mim.
Como dois pecadores felizes passearemos nos reinos celestes
Venha ser corrompido por mim.

Lady M. Fir

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Devaneios Noturnos

darkgirls (67)A noite passa gélida aqui sozinha em meu sarcófago, ninguém para perturbar meus  pensamentos. Anúbis ainda está tão bravo comigo pela picada. E deveras eu entendo. hoje você veio me ver e ouviu tudo aquilo que não queria. Hoje me senti uma criatura cruel e fria. E talvez eu preferi-se me manter assim em meus tórridos desejos eu estou aqui reconstruindo um paraíso para ninguém. Pois sei que ninguém estará do meu lado para me dizer palavras dóceis e questões de amor. Sei que sou de proposito um ser solitário, como todo vampiro deve ser, sei que minha beleza imutável, minha pele macia, meu sangue aromático e viciante nada mais são que ferramentas para a caça. Não posso desejar a felicidade. Eu sou um monstro e isso não foi feito para mim.  Estou me transformando em algo que não sei o que pode realmente ser  mas estou aceitando essa nova densidade e deixando uma nova realidade se formar para mim uma solidão eterna.